quinta-feira, fevereiro 26, 2009

era tão inteligente que todas as suas notas mentais eram de vinte valores.

amava-a tanto que só se vinha na cara das outras.

saiu para comprar tabaco e só voltou cinco minutos depois.

mentia com todos os dentes que tinha na boca. porém, quando tirava a placa, dizia toda a verdade.

sim, taxe.

no início era o verbo. mais tarde apareceu um sujeito. por fim chegou a mulher, complicou tudo e inventou a gramática.

chegava sempre tão atrasado que só brincava à quarta-feira de cinzas.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

há umas semanas escrevi isto e enviei para a minguante. como boa revista que é, a minguante não publicou esta treta.


baltazar tinha tanto azar na vida como no nome.

em jovem sonhava ser futebolista. entrou em campo com o pé direito. saiu lesionado.

mais tarde quis ser actor. os colegas desejavam-lhe muita merda, mas sempre depois da actuação.

estava tão convencido do azar com que tinha sido baptizado que se suicidou naquela quinta-feira 12.

prémio: ai que o próximo é o último.

os coldplay são o herberto hélder da música.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

em linha rectal

hemorróidas are really pain in the ass.

dirigiu-se aos perdidos & achados da estação e disse que tinha perdido o comboio.

hora tonta

aquilo devia chamar-se segunda não-circular.

um dia perceberemos que, na verdade, isto é tudo a fingir.

sábado, fevereiro 14, 2009

especial dia dos coisos

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

diálogo verídico que eu acabei de inventar

- o que é que estás a fazer?
- a ler.
- sim, mas o que é que estás a ler?
- a ler.
- 'tá bem, mas estás a ler o quê?
- a ler.
- não sejas pateta, pá. estás a ler o quê?
- a ler. a revista.
- sim, mas que revista?
- a ler.
- oh, vai-te foder.
- também não é preciso seres ordinário.

domingo, fevereiro 08, 2009

o que também faria sentido para enfrentar a crise

tresleio sempre aquilo do bloco de esquerda como: juntar forcas.

sábado, fevereiro 07, 2009

RT

se o casablanca fosse um filme porno:

«toca-te outra vez, sam.»

road show

a relação dos portugueses com os piscas é igual à relação dos portugueses com os preservativos. sabemos onde estão, podem evitar acidentes, mas quase ninguém os usa.

adivinha quem voltou

só para avisar os mais incautos (que os há - oh!, se os há) que o enorme José Bandeira publicou mais aventuras do Rufino. o mais incrível é não ser preciso pagar para ler coisas destas:

"Rufino tentou o solipsismo, mas as outras pessoas não paravam de existir."

sim, por incrível que pareça, ainda me vou dando ao luxo de respirar.

ainda - e sempre - as lágrimas do federer

não obstante o já natural delay, tentei em vão servir uns quantos clichés metaforizados ao longo de outras tantas linhas, em género de passing-post sobre as (ainda e eternas) lágrimas do federer. com indisfarçável embaraço nem cheguei ao tie-break e apaguei isto tudo.

cheguei a ter aqui escrito no lugar da presente, uma frase a tentar provar que as lágrimas do federer - imaginem a piroseira - eram as lágrimas de um pirata que, sentado na costa, vê o barco conquistado afundar-se ao longe, em alto mar. umas lágrimas de impotência perante o irreversível.

no wimbledon de 2007, federer despediu o discurso de vitória com um premonitório e certeiro «before rafa takes it all». federer conquistou o barco antes do previsto e agora vê o tempo a escapar-lhe. lei da cruel vida para um pré-reformado; requintes de injusta malvadez aos vinte e sete escassos anos. federer é um homem claramente aborrecido. sem barcos para conquistar foi passear para a praia. agora, as nuvens negras carregam a imagem de um rafa taking it all e desenham a sombra de um sampras inatingível. o alto mar, visto da costa, é um lugar inacessível. federer é um homem claramente aborrecido. como é que federer resume isto tudo? com um simples, e certeiro, claro: «this is killing me», australia 2009. federer é um homem aborrecido. com a vitória, com a derrota, com o jogo. com a vida. ganhará jogos (quiçá finais) a nadal. ganhará grands slams. acabará por bater baterá o record de sampras com a naturalidade de sempre. (record esse que será depois batido - ou mesmo posteriormente pulverizado - por nadal; outra conversa). nem que seja ao ritmo de um grand slam por biénio, federer fará isso tudo, é certo. mas há algo do federer que conhecemos que morreu na australia, melbourne, 2009. as lágrimas do federer são as lágrimas de um génio. ele viu, muito antes de nós, ali, a sua morte. e sentiu-a. e chorou-a. agora está morto e ninguém espera que o pirata morto vá navegar de novo. mas também ninguém espera que um pirata se chame federer.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

domingo, fevereiro 01, 2009



uma coisa é certa: o problema é não sabermos qual.