mas a lua não apareceu.
e ele ali ficou. de tanto esperar, enlouqueceu. agora resta-lhe a escura solidão e a força da loucura, que embora fraca sempre ajuda e lhe estende uma mão. a mão vadia que o empurra. a mão amiga que o levanta. a mão cansada que o faz pensar, ou apenas recordar, que sonhos esquecidos são sonhos em vão. esta loucura. aquela mão. a mão sentida que lhe toca o rosto, que dá sabor e gosto, à vida, às lágrimas e ao desgosto. a mão esquecida que acalma a agonia, daquele choro de alegria. a mão perdida que o encontra, à procura do sentido, proibido e sem saída da mão presente que ele sente, à espera do sentimento sempre ausente.
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