segunda-feira, setembro 15, 2008

o tempo passa,
os dias-a-diam-se.

os sonhos acordam,
quando dantes dormiam.

os cães cagam,
a caravana pára.

o calendário engana as rugas,
mas os espelhos não mentem.

ninguém me acorda,
e a noite passou.

ninguém paga a cerveja
e morre-se à sede.

a merda é muita
e as latrinas já fedem.

o mapa é falso
e a vida perdeu-se.

a bola ainda rola,
mas benfica não ganha.

em princípio cada um faz o que pode,
a fingir que tudo isto faz sentido.
no meio disto ninguém fode,
mas no fim está tudo fodido.

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