terça-feira, novembro 20, 2007

o mar tá bravo (i)

e sou apanhado pelas correntes. o andré desafia-me aqui em dose dupla. para desatar o primeiro nó, devo enumerar os 20 blogues que mais gente trazem a esta página. por agora a ignorância e a preguiça obrigam-me a adiar a resposta. não sei se há 20 blogues a mandarem visitores para o meu blogue, mas em breve investigarei o caso.

sou ainda instado a nomear os 5 filmes da minha vida. tarefa assaz árdua. sem pensar muito lembro-me de três, facto que só por si revela a importância que tiveram para a minha existência e por isso aqui vão:

mulholand dr. (2001), david lynch. pela surpresa com que me apanhou, pela história, pela magistral cena de cama, pelo silencio, no hay banda, pelo cowboy e por considerar o filme uma obra-prima de um mestre.

the shawshank redemption (1994), frank darabont. pela altura adolescente em que vi. pelo número absurdo de vezes que o voltei a ver. pelo tim robbins e, principalmente, pelo magistral morgan freeman. por um sem número de diálogos brilhantes, autênticas lições de vida. por dizer que "that's the beauty of music. they can't take that away from you".

kill bill (2003 e 2004), quentin tarantino. por tudo, pela experiência cinematográfica, por ser o melhor filme da minha actriz preferida, pela quantidade de sangue, pela forma única e sublime de filmar violência. e pelo diálogo final sobre super-heróis.

thin red line
(1998), terrence mallick. apesar do realizador, é (juntamente com o apocalipse now e o full metal jacket) um dos melhores filmes de guerra. e como um grande filme de guerra, não tem quase nada a ver só com a guerra. está ao lado de mystic river na galeria de grandes filmes sobre decisões humanas em situações extremas, no limite das fronteiras psicológicas que cada um de nós tem traçadas cá dentro.

[não consigo enumerar um quinto e, desse modo, parecer que consigo fazer isto. já me lembrei de mais de dez filmes só enquanto escrevi este post. por respeito aos outros todos, não vou ocupar a quinta vaga desta lista com um deles. até porque alguns dos que me surgiam destronavam facilmente estes quatro e teria que refazer o post todo.]



5 Comments:

Miguel Ferreira said...

Acho que qualquer lista de filmes favoritos tem de ter sempre um lugar em aberto. Primeiro porque nunca nos lembramos ou se nos lembramos fica a sensação que nos esquecemos.Só anotando,ao longo dos anos.Mas como tal não acontece, deixa-se a cadeira vazia, a cadeira que é nossa e de todos os outros que não cabem nela.
Abraço
*podes escrever umas coisas destas nos créditos

Miguel Ferreira said...

Olhando outra vez para as tuas escolhas foste realmente muito simples e conciso:
Lynch,Tarantino,Mallick,Tim Robbins.
Fincher e um maço de tabaco, estava a vida feita.

Jp said...

Só 5 filmes é impossível, mas Tarantino, Fincher, Sodenbergh, Copolla, Spielberg, Kusturica, Lucas e outros tantos estão lá de certeza!

João Gaspar said...

não escolhi os filmes pelos realizadores, mas pelo que (por uma razão ou por outra) significaram para mim no momento em que os vi. é uma escolha sentimentalona. apesar disso, lynch e tarantino coincidem como realizadores preferidos.

João Gaspar said...

ah, e escrevi aqui isto porque fui obrigado a tal.