ah! pudera eu ao menos tocar uma vez mais
os teus cabelos ondulando ao vento
fraco a moderado de quadrante este,
mas tudo o que me sobra é o lamento.
só me resta recordar
como foi bom aquele dia de chuva
com possibilidade de ocorrência de aguaceiros
em que nos amámos, só nós dois
naquela praia, a ver as ondas
até quatro metros no litoral oeste.
ou aqueloutro, em que o sol brilhava
vinte e cinco graus de temperatura máxima
e fugimos para o mar, num barco à vela
e vimos ao longe, lá longe, bem longe
o sistema montanhoso montejunto-estrela.
nessa noite, que saudade!
amei-te por trás, durante quase quinze minutos
prometeste jamais contar ao teus pais
e regressar para junto de mim
num dia de nevoeiro ou neblinas matinais.
mas hoje olho em volta e vejo-me só
triste, decrépito e amargurado
deixo-me apodrecer, consumido por tamanhas dores
conto as horas, à espera de um novo amanhã
porém o tempo não te traz, só me maltrata.
e já são quase duas da manhã
menos uma hora nos açores.
1 Comment:
E amanhã, faz sol?
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