os feirantes juntavam-se por esta altura naquele descampado em que a câmara prometera criar uma zona de habitação social. reuniam todos os produtos carnavalescos que tinham ficado empatados em stock (ao contrário da selecção, que levou três da itália). serpentinas, máscaras do zorro, bombinhas de mau-cheiro, pistolas de água. um sem fim de inutilidades que as crianças já não queriam, preteridos por caricaturas da floribela e cabeçudos de ovar.
reuniam os produtos e queimavam-nos. depois vendiam-nos à população que, sedenta de promoções e oportunidades únicas, os levava para casa dentro de bonitos boiões de porcelana ou sacos plásticos recauchutados. acontecia assim desde 2005. e mais uma vez foi um sucesso esta que era já a IV Feira de Cinzas.
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