sinto-me cansado, farto, aborrecido, decrépito, desanimado, chateado, frustrado, obsoleto, triste, acabado, incompreendido, apático, deprimente, indeciso, fraco, magoado, sou figurante no meu próprio filme (eh pá, lembrar-me desta para quando escrever o meu livro), patético, destroçado, vagabundo, medricas, perdido, parvo, e por aí em diante. mas acima de tudo demasiado sóbrio. é esse o problema. talvez a resposta certa seja não fazer as perguntas erradas. é isso, demasiado sóbrio. de resto está tudo bem. vejo claramente que está tudo escuro. não sei se vá dormir ou beber até cair para o lado (direito, de preferência, por razões que não importa aqui explanar em maior detalhe mas que se prendem maioritariamente com o facto de haver sempre um cabrão que tira uma foto ao bêbedo que caiu para o lado e o meu lado esquerdo é espectacularmente bonito). é triste quando se bebe sem sede. é triste e degradante perder a sede. que nunca te falte a sede, é o que vou dizer aos filhos que espero não ter. e quando puderes foder, fode, também lhes diria se os tivesse. sou uma sombra que já não acompanha os movimentos do próprio corpo (outro cliché metaforizado para apontar e pôr no livro que afinal nunca vou escrever). dóis-me, diria se me ouvisses. sou um desabafo patético (repeti patético, menos dois pontos) num fim de noite que não chegou a começar. não sei se clique no publish ou mande isto às urtigas (atenção que não disse mandar isto para o caralho, vou deixar de dizer asneiras e de fazer parêntesis idiotas). clico no publish (que se foda).