sábado, outubro 04, 2008

14 Comments:

Ledbetter said...

À parte da ironia implícita na letra ( o Kurt veio a falecer um ano depois desta gravação) é sempre curioso ver o Kurt na bateria e o Kris na guitarra ( e o encolhido Dave no baixo, mas este sempre foi o melhor executor dos 3), já que era assim que ambos queriam originalmente a banda. I wonder what would happen...


Abraço.

hmbf said...

:(

João Gaspar said...

i wonder, too.

e continuo a achar que o pior do cobain se ter suicidado são os foo fighters.

Jp said...

Os Foo Fighters de agora. Os Foo Fighters do Monkey Wrench e semelhantes eram grandes!

João Gaspar said...

para mim só há uns foo fighters. e já são demais.

Ledbetter said...

Bem, permite-me discordar. Eu sempre gostei de Foo Fighters e tenho pena que muitas vezes se use a arma de arremesso redutora com o passado de Grohl nos Nirvana como meio de comparação.

Acho que os primeiros 2 álbuns foram excelentes. O terceiro (There is nothing...), uma manobra arriscada de mudar de som que resultou num verdadeiro flop (sempre assumido pela banda). O 4to (One By One) muitíssimo bom, reflectindo as parcerias de Grohl com os QOTSA e a influência do seu projecto de heavy metal (Probot). O 5to (In Your Honour) igualmente excelente, não esquecendo sempre o elevado risco que é lançar um disco duplo. ( A parte acústica então, com as parcerias de Josh Homme, Norah Jones e o baixista dos Led Zeppelin, acho que ficou simplesmente divinal.). O 6to (Echoes, silence...) ainda ando a tentar ter uma opinião, mas acho que a qualidade voltou a descer um bocadinho.

Mas resumindo, acho que Foo Fighters são uma banda indispensável (apesar dos altos e baixos na carreira), com excelentes músicos (todos eles, mas aquele Taylor Hawkins (baterista) é um verdadeiro assombro...) e que conseguiram trilhar o seu próprio e longo caminho (já têm mesmo 13 anos de existência) com redobrado esforço devido a todos os complexos e pudores que foram arremessados sobre a banda desde a origem. Às vezes, quando os críticos de sempre (os puristas da coisa) voltam a trazer a conversa dos Nirvana quando analisam os álbuns dos Fighters, só me apetece dizer-lhes que cresçam e ultrapassem o trauma, tal como eu tentei fazer. O grunge foi o Nevermind do Butch Vig e o resto foi exploração de uma cidade e criação de um conceito mercantil num rótulo ordinário atraente.

Por outro lado, acho que Grohl é um excelente músico, não só como instrumentista multifacetado (do top 5 de bateristas mainstream actuais) mas como criador de música. Aliás, como já era nos Nirvana (e antes disso) mas os outros dois cúmplices nunca aprovaram.

Abraço.

João Gaspar said...

a comparação entre as duas bandas foi indirecta. não arremessei a arma redutora do passado do grohl para comparar directamente as duas. apesar de me achar perfeitamente capaz dessa parvoice, era mesmo só para marcar uma má consequência da morte do cobain. um má piada que, pelo que vejo agora, advém do meu desconhecimento em relação aos foo fighters.

(até exagerei n'"o pior do cobain se ter suicidado...", como se fosse pior a existência dos foo fighters do que o fim dos nirvana, pelo que até podia estar ali uma crítica aos nirvana).

;)

mas, infelizmente, não tenho os argumentos suficientes para entrar no apetitoso jogo pueril de comparar entre bandas. por um simples e triste razão: ignorância.

abreviando, estou rendido à tua argumentação detalhada e analítica. conheço mal os foo fighters. do que conheço, a maioria não me atrai (impressão extremamente subjectiva porque conheço mesmo muito pouco). soa-me a uma música com pouca alma, nunca me cativou.

mas agora (agora é uma força de expressão; um dia destes, vá. agora vou ali ver se já começou o obama-mccain a contar para a segunda volta que a insónia aperta) vou ouvir os dois primeiros excelentes álbuns e depois... bem, depois escondo-me envergonhado na minha capa de ignorância e desfaçatez. ou então 'tás fodido comigo. ;)


mas estou praticamente convencido e já me apetece dizer que os foo fighters são a minha banda preferida.

Ledbetter said...

Nada disso, pá! Expliquei-me mal...a crítica era mesmo para os críticos (como sempre)! Devo-te dizer que nem sequer tinha lido a piada do suicídio do Kurt convergente com o início dos Foo Fighters (só agora sorrio). Tenho o péssimo hábito de esquecer os interlocutores destes semi-diálogos de blog e de divagar para o meu objecto de inquietação (excedendo-me sempre). Mas enfim...já li muitas análises aos discos dos Foo Fighters nos últimos 10 anos e todas acabam por tender no mesmo – a clássica analogia paternalista com os Nirvana e as dificuldades do Dave Grohl para superar os complexos. Alguém lhes devia dizer que os complexos são só deles. Lá está, se falassem da voz levemente nasalada e monocórdica do Dave Grohl (que acaba por retirar alma a algumas canções, que concordo em absoluto) já seria um crítica normal e aceitável. (Apesar disso, a voz dele é potente – dentro do monocordismo- e consegue chegar a níveis que muitos vocalistas actuais nem conseguem tactear.)

Quanto a discos, acho que sim. Devias explorar os 2 primeiros álbuns (tendo sempre em atenção a época em que foram gravados – só para não me mandares ir foder) mas não devias ficar por aí. Aconselho-te também a ouvir o quarto e o segundo disco ( a parte mais mellow) do quinto.

Os Fighters não são seguramente a melhor banda à face da terra e nunca pretenderam substituir os Nirvana, mas são “bastante razoáveizinhos” para eu gostar.

Vai lá ver o Obama dar uma sova de economia àquele hipócrita medieval que eu também...vou ver pornada.

Ledbetter said...

PS:
O pior do Kurt se ter suicidado foi aquela pega da Courtney ainda ostentar o apelido Cobain.

Ledbetter said...

Sou um geek deprimente.

nuno said...

és.

uma vez vi os foo fighters a tocarem numa festa duma empresa à uma da tarde.

João Gaspar said...

private sms: já tive a al-jazeera, mas alguém deve ter tirado aquilo dali. ainda assim a cnn deu para adormecer em 10 minutos.


private mail: não percebi um caralho do mail que me mandaste, mas gostei muito de ter sido referida a fannie mae nos 10 minutos de "debate" que aguentei acordado.

nuno said...

a única coisa que retive daquilo tudo foi o facto de afinal a culpa ser do clinton.

João Gaspar said...

só mais tarde reparei na data do artigo.