quinta-feira, fevereiro 01, 2007

soneta

da série: um único verso seria uma nódoa no meu poema

és um bandalho, um bandido, um barreta.
um crápula, um cretino, um careta.
um drácula, um destino, um direita.
uma espátula, um espinho, um à espreita.
és um falso, um facínora, um fantoche.
um guaxini (guaxinim, estúpido), um ganso, um garrote.
um hipócrita, uma hipérbole, um holofode-te.
um jacobino, um jacinto, um jarreta.
és um leigo, uma lula, um luneta.
um merdas, um marroquino, um marreta.
um nenúfar, um nipon, um nó cegueta.
um palhaço, um paquiderme, uma peta.
és um reles, um rabino, um rabeta.
um sem-nada, um sandokan, uma saqueta.
um totó, um tolstoi, uma teta.
um vendido, uma víbora, um vegeta.
foda-se, no p esqueci-me da punheta.