domingo, setembro 30, 2007

de chuva.

"(...)
In that dale lay the corpse of one she knew;
Within his breast a smoking wound showed black,
And blood ran in a stream that colder grew."

"The Dream", Mikhail Lermontov.
Tradução de Vladimir Nabokov.

sábado, setembro 29, 2007

a minha vida é uma má metáfora

acabou o papel higiénico.

o amor e o trabalho precário não têm idade

no mcdonald's ao lado da nacional 117, ali como quem sobe de belém/algés para a amadora, a seguir ao s. francisco xavier e ao lado da bomba da bp, trabalha um senhor que tem idade para ser meu avô.

a vingança do menino guerreiro

metade da vitória é do santana. e nem o chabal me convence do contrário.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Beja, capital do Amor.

e com o balançar das tuas ancas fizeste-nos vir. (talvez continue)

no futebol como na vida

sair de jogo com a sensação de finalista vencido. (continua)

meia dose

são dois charros de sangria para a mesa do canto, se faz favor.

"eh, man. é que ainda por cima eu bebo gin, man. e o gin é bué alucinogénico, man."

jovem adolescente para jovem adolescente. ontem à noite. parque das nações.

quinta-feira, setembro 27, 2007

go tell the women*

"we are free and we are lost
go tell the women that we're leaving."

*grinderman

o meu projecto pessoal para as próximas semanas

apanhar o diogo infante a fumar um cigarro.

distingo, assim de repente, dois tipos de solidão. a solidão do dia e a solidão da noite. gosto de ambas. é reconfortante a solidão do metro em hora de ponta, do jornal lido na esplanada do café, do burburinho da cidade ao fim da tarde, a solidão em que estamos só nós e o resto do mundo. mais ninguém. gosto, admito. mas prefiro a solidão da noite escura passada em branco, do livro que partilhamos com o silêncio, a solidão daquela música que foi feita só para nós, a solidão dos olhos pesados, gastos e trémulos. a solidão em que somos só nós. a solidão deprimente e depressiva, mas regeneradora. o pior de passar muitas horas sozinho é passar muitas horas comigo. dá trabalho deprimir alguém como eu. dá trabalho deprimir-me a mim próprio. mas vale o esforço. a tristeza é uma invenção do homem. a felicidade também. mas a solidão não. a solidão é real, grita, chora, vocifera, cai-nos no colo e abraça-nos, calma e lentamente. está aqui. nestas linhas de palavras pouco cruzadas que não querem dizer nada mas dizem sem querer. porque escrever - e escrever num blogue - é, acima de tudo, um acto de solidão. mesmo gritando alguma coisa bem alto ao resto do mundo, ou calando uma série de outras coisas, é um acto solitário. só eu. e o resto do mundo. um só. gosto da solidão do dia, mas prefiro a solidão da noite, sempre há menos pessoas à volta e o mundo é mais pequeno.

herói

ninguém acredita na tua verdade. na verdade verdadinha. na vida verdadeira. inventa uma história. nela poderás ser o herói.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Police de seguro

Este post serve apenas para mostrar o meu total acordo com est'outro.

Aquele senhor chamado Andy Summers bastou para que o concerto dos Police tenha sido melhor do que o do Sting no Rock in Rio. De resto, nada de novo. Os hits intemporais em velocidade cruzeiro e está bem pago o bilhete. Mas apesar do frio, o concerto nem foi grande coisa. Sobre os FictionPlane, nem uma palavra. Ou melhor, uma palavra: escusado.
O passar do tempo não deixa mentir e, apesar de muito bons músicos, já não são uma banda. Corrijo: já não são a banda. Mas fica a satisfação de ter visto os três em cima do mesmo palco ao mesmo tempo. Isso e a indignação perante a separação desproporcionada entre relvado e relvado vip. Não sei quem terá tido a brilhante idéia de pôr a grade que me separava de milhares de tios e tias de cascais tão cá para trás. E me fez ver o concerto com dezenas de metros de clareira à frente. Juro que não sei quem foi. Mas era dar-lhe com uma grade na cabeça. E depois alguém que chamasse a polícia.

terça-feira, setembro 25, 2007

até já

segunda-feira, setembro 24, 2007

ou, em português arcaico, phoder.

da série: grandes conselhos para dar aos netos

não deixes para amanhã o que podes foder hoje.

domingo, setembro 23, 2007

outland empire

[Praga, 2007]

felizmente este blogue não tem cheiro.

sábado, setembro 22, 2007

pois, correu tudo bem. quer dizer, isso.

se tudo correr bem

diria que vai correr mal. parece que vai correr mal. tem pinta de ir correr mal. cheira-me que vai correr mal. tem tudo para correr mal. e, se tudo correr bem, vai tudo correr mal.

do amor

consentimento.
com sentimento.

sexta-feira, setembro 21, 2007

há vida para além do rugby


e isto será o equivalente a um ensaio do chabal, num desporto igualmente emocionante.

obvious

alguém que pergunte ao dr. house a solução do caso maddieco.

queria dar uma volta nesse teu pacote de viagens.

depois dos descobrimentos, o nosso legado ao mundo

obras na auto-estrada.

pensa que tem talento, mas tá lento.

quinta-feira, setembro 20, 2007


sexta-feira, setembro 14, 2007

isto obviamente não precisa de título

24 super bocks (33cL), a 6,99€ no continente.

comprei um dicionário novo

ir às putas é sinalagmático.

perdoem o palavrão.

personalidade

para mais informações consultar o meu boletim cínico.

a verdadeira amizade

[ou: coisas que nunca me disseram]

podes beber à vontade. eu conduzo.

gostos

de todas as marias que conheço, prefiro as bolachas. com marmelada.

frases desfeitas #23

o degredo é a alma do meu ócio.

quinta-feira, setembro 13, 2007

romântico incurável

o meu coração só tem um nome. mas há muitas marias no mundo.

uma questão de marketing

para quando o menu mccann, com oferta de um peluche?

o mundo seria muito melhor se aquilo fosse a faixa de ganza.

pelize

já passaram três ou quatro horas. alguém que vá pôr o scolari no youtube, pá!

quarta-feira, setembro 12, 2007

sim, tenho-me esquecido de tomar o antidiótico.

metemos no bolso um par de metáforas
na mão, um punhado de adjectivos
gritámos a revolta, noite fora
com os poemas que fizémos quando ainda éramos vivos.

tinha um espaço tão grande entre os dentes da frente que lhe chamavam o triastema.

um amigo acusa-me de anti-americanismo primário por recordar apenas um 11 de setembro. não respondo. calo-me e ele pensa que lhe concedo a razão. mas recordar que caíram as torres gémeas faz tanto sentido como no dia 25 de dezembro recordar que é Natal.

terça-feira, setembro 11, 2007

ah, pois é, hoje é 11 de setembro. e vão 34, não esquecer.

"Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos."
(Salvador Allende)

uma questão de prioridades

alguém devia ter feito desaparecer a fátima campos ferreira.

poesia quase em tempo real

"... a esfera da indigência intelectual..."
"... a hecatombe da natureza humana..."
"chegámos ao século xxi para quê, se somos capazes de fazer coisas horríveis?"

pelo presidente da c.m. de santarém e ex-argumentista de séries de época.

confesso

que nunca joguei rugby.

epifania

só hoje perceber que a maconde é de vila do conde.

escrevo sem pensar. para compensar as vezes que penso sem escrever.

segunda-feira, setembro 10, 2007

dedicado ao amigo J.

"os amores possíveis nada têm a ver com o Amor"

José Eduardo Agualusa, numa magazine de nomeada que, por lapso mnésico, não consigo nomear de momento.

a propósito da fotografia aqui em baixo, lembrei-me de um título tão bom tão bom que a pimpinela escreveu há uns meses e que, por razões várias que não importa aqui enumerar, seria a legenda ideal para a foto.

inserir título aqui

pois, já é segunda.

domingo desportivo

Rugby
Estando longe de querer tirar mérito à selecção, estou ainda mais longe de achar piada ao desporto. não me apetece explicar porquê, mas a presença da "única selecção amadora que se qualificou para um mundial" (parece que se tem que dizer isto tudo em vez de selecção nacional de rugby) em paris, desperta-me tanto interesse como se houvesse portugueses no mundial de curling.

Eurobasket2007
A selecção não joga nada de especial, quer-me parecer. Não vi a vitória de hoje contra Israel, por isso talvez venha a engolir estas palavras. Ossos do ofício. Mas é sempre bom festejar uma derrota da Espanha. Está mais que ganho o "nosso" europeu. O incrível é o pouco tempo de antena que uma prestação destas está a ter na comunicação social. A propósito, é seguir este homem.

US Open
Não segui a competição feminina. Dos homens, vi seis ou sete jogos. O Nadal a perder. Dois ou três encontros entre malta do meio da tabela que não aqueceu nem arrefeceu. o Djokovic a eliminar o Moya. E os passeios do Federer até aos quartos de final, altura em que deixou o Andy "sou uma besta quadrada com a delicadeza de um catterpillar e tenho a mania que disparo mísseis cada vez que estou a servir mas amorti deve ser uma palavra da esgrima" Roddick pensar que podia ganhar um set. Neste jogo, que mesmo assim só vi até ao 2-0 em sets, ambos no tie-break, o Federer fez 3 ases em segundos serviços, no espaço de uma hora ou isso. Dois deles, como se estivesse a marcar um penalty, com guarda-redes para um lado e bola para outro. E aí percebi que não precisava de ver mais nada. Até à Austrália.

Futebol
Parece que ainda faltam 7 ou 8 dias para o Benfica receber a Naval. E vai não sei quando à Reboleira para a Taça da Liga. Parece também que há quem não saiba, mas o Antunes joga na Roma e o Duda no Sevilha. Por isso enquanto o defesa esquerdo da selecção se chamar Caneira, não falamos disso, está bem. Ah, e sobre o Bruno Alves, nem uma palavra.

quarta-feira, setembro 05, 2007

ouve-se uma voz lá ao fundo

um qualquer. desde que combine com os sapatos.

segunda-feira, setembro 03, 2007

e amanhã,

já sabes que coração vais usar amanhã?



the world awaits just up the stairs
leave the pain for someone else.
Pearl Jam, Life Wasted