quinta-feira, outubro 30, 2008

manifesto [experiência comprovada]

[av. prof. gama pinto, lisboa.]

quarta-feira, outubro 29, 2008

cocó

deixemo-nos de rodeios, que a questão é muito simples: não há singular de fezes. e, portanto, das duas, uma. ou um cagalhão nunca vem só, ou isto é tudo uma grande merda.

deve ser a isto que se chama estar à frente do tempo

nunca gostei dos madredeus.

terça-feira, outubro 28, 2008

não consigo dormir com estas dúvidas

por que é que uma torrada são duas fatias de pão e, por conseguinte, meia torrada é - estúpida e ridiculamente - uma fatia de pão?

posta mista

é com algum escândalo que venho constatando, de alguns anos a esta parte, que a tosta mista tem vindo a ser subvalorizada na cultura ocidental, tendo-se esta rendido aos prazeres mais imediatos de um hamburger (dantes dizia uma hamburger). no entanto a importância histórica e o mérito da tosta mista no seio (dantes dizia teta) da civilização tal como a conhecemos não pode ser mascarada com recurso a subterfúgios (dantes não sabia escrever subterfúgios) derivados de uma hipócrita e falsa moralidade bem patente nos responsáveis políticos e económicos que nas últimas décadas tenderam a minorar os prazeres da referida tosta mista enquanto pilar fundamental da alimentação no mundo desenvolvido, nomeadamente no mundo masculino, solteiro e deprimido (ia rever o conteúdo destúltima frase, mas já passa das quatro da manhã - hora antiga -, por isso, siga). escalpelizemos. a tosta mista é incrivelmente mais fácil de fazer do que um hamburger, dá menos trabalho e demora menos tempo. outra vantagem não discipienda prende-se com o facto da tosta mista fazer as vezes de qualquer refeição, com inigualável sucesso. de um simples pequeno almoço (se acompanhada por um leite quente com nesquik ou um yoggi de banana) até um faustoso jantar (desde que acompanhada por cerveja ou coca-cola - nunca pepsi). é, pois, com indisfarçável mágoa que vejo a tosta mista ser maltratada em inúmeros estabelecimentos de maior ou menor nomeada e vilmente ignorada pelo maquedonaldes. o que se passa no mundo da tosta mista adquire contornos de escândalo que urge combater. exagero? não creio. começemos pelo preço: as fatias de fiambre e queijo necessárias à digna confecção da tosta mista não justificam os criminosos preços que se praticam pelos responsáveis da restauração. não tenho conhecimento de que o preço da tosta mista esteja indexada ao barril de brent ou à euribor, mas pode não passar de ignorância da minha parte. qualquer coisa acima dos trezentos paus na moeda antiga (dantes dizia só trezentos paus) deveria ser considerado atentado à saúde pública. mas, quiçá mais importante do que o aspecto monetário são as atrocidades a que o queijo e fiambre se vêem sujeitos, sendo muitas vezes assassinados no meio de duas fatias de panrico que se desintegram no trajecto prato-mão-boca. o ideal é pão alentejano, mas, mesmo na impossibilidade de pão alentejano, nunca (inserir maiúsculas neste nunca) nunca fazer tostas mistas com fatias de panrico. servir tostas mistas a outrém com recurso a duas fatias de panrico deveria ser passível de obrigar os responsáveis a ler os livros do josé rodrigues dos santos ou, se quisermos ser meiguinhos, a linchamento público. outro aspecto essencial: o tempo de tostação, chamemos-lhe assim. há cada vez menos respeito pelo tempo de tostação. se não quero morder fiambre frio, muito menos quero ferrugem. é preciso deixar o queijo derreter, o que é diferente de o deixar incinerar. o que nos leva para um pormenor de não menos pertinência: a proporção queijo/fiambre ideal numa tosta mista. estudos científicos feitos por este que vos maça ao longo de mais de uma década revelam que a proporção ideal é de duas partes de queijo para uma de fiambre. a proporção queijo/fiambre (tão esquecida por quem de direito) é essencial para uma porção suficiente de queijo derretido capaz de, num movimento tipo chiclet, chegar a dez centímetros da boca sem se descontinuar. esta proporção é independente do número de fatias ou do tamanho da tosta mista a confeccionar, mas notar que, em caso de uso plural de fatias, reveste-se de vital importância a alternância queijo-fiambre-queijo-fiambre e assim sucessi... you got it, de modo a que o queijo derreta mais facilmente e num período de tempo que permita não queimar a côdea do pão e, por exemplo, três fatias de fiambre nunca fiquem em posição não alternada, o que daria o aspecto e a textura de um bife, à luz do tacto dental. e se eu quisesse comer um bife dentro de duas fatias de pão ia ali à praça de espanha mamar uma bifana.


nota: no final, a tosta mista é para barrar com manteiga, de preferência apenas de um dos lados, de preferência do lado de cima, de preferência com margarina vegetal, de preferência flora ou planta.

segunda-feira, outubro 27, 2008

mudança de hora

imaginemos:
um indivíduo nasce na madrugada de sábado para domingo à uma e meia da manhã. 45 minutos depois (após as palmadas, o choro e a lavagem automática) vai-se a ver e falece.
certidão de nascimento: 26/10/2008; 01.30h.
certidão de óbito: 26/10/2008; 01.15h.

e então? nada, era só isto.

quinta-feira, outubro 23, 2008

diazepan

por motivos puramente terapêuticos, andei a fazer isto.
então mas isto, o quê? ó pá, isto. mas estás surdo, ou quê?

e quem não carregar no link é ovo podre.

quarta-feira, outubro 22, 2008

era uma vez um cão, um gato e um rato. o cão morreu. o gato também. era uma vez um rato. e ninguém quis ouvir a história de um rato.

as pessoas

«people either love me or they hate me. or they don't really care.»

[banksy, wall and piece.]

banksy (ii)

sábado, outubro 18, 2008

na óptica do utilizador

estava a construir uma base de dados quando teve um access de fúria.

levantar uma dúvida

sempre que oiço a expressão "crescimento zero" nunca sei se estão a falar da economia ou da disfunção eréctil.

quinta-feira, outubro 16, 2008

a minha vida dava um sms.

sms amigo questiona-me «então, já sabes para onde vais?». respondo, como não podia deixar de ser, com a verdade: «ainda não sei. mas vá para onde for vou amanhã, que hoje não me apetece». e enquanto esperava pelo relatório de entrega percebo que resumi a vida numa mensagem.

made in tusa

[vi-a aqui]

baralha e volta a dar

a poesia é uma coisa demasiado séria para ser deixada nas mãos dos poetas.

semi roubado a uma espécie de amigo

tirando o camões e o josé cid, não conheço ninguém que não tenha mais olhos que barriga.

breve história de um sonho

naquela manhã de outono acordou com o telefone a tocar. do outro lado, uma voz rouca anunciava-lhe a contratação para um novo emprego na maior empresa do mundo. as suas funções seriam ler livros, ver filmes e ouvir música. horário livre à escolha e quatro folgas por semana. um milhão de euros por mês de ordenado base, mais bonificações se também lesse blogues. livres de impostos e sem descontos para a segurança social. reforma aos quarenta com uma pensão de outro milhão de euros por mês. naquela manhã de outono acordou com o telefone a tocar. mas como era um número privado não atendeu.

as eleições americanas explicadas às crianças.

a esquerda gosta do obama. a direita não gosta do obama porque a esquerda gosta do obama. a direita que não gosta do obama critica a esquerda que gosta do obama porque diz que o obama não é de esquerda. isto não faz muito sentido, mas vocês têm que aprender que o mundo é um lugar difícil.

isto tem um nome e eu acho que é: parvoice.

era uma vez uma mulher descalça e outra calçada. a descalça era espanhola e a calçada portuguesa.

terça-feira, outubro 14, 2008

bola ao post

há, contas por alto, quatro ou cinco tipos de posts extremamente irritantes.

tipo i_ posts que falam sobre posts do abrupto. entre outras razões porque não os percebo (aos posts, apesar de também não perceber as pessoas que falam sobre posts do abrupto), uma vez que o meu browser mental não me deixa aceder ao abrupto.

tipo ii_ posts com vídeos do youtube em que não é mencionado o conteúdo. por duas razões fundamentais. uma: raramente há paciência para estar a ver vídeos do youtube sem saber o que lá vem. outra: às vezes quero lembrar-me em que blogue vi determinado vídeo, mas a falta de menção ao conteúdo impossibilita quaisquer efeitos positivos ao nível da pesquisa no blogsearch ou naquele rectângulo ali em cima naquela barra inestética que já ouvi dizer que dá para tirar dali mas ainda não possuo as competências para o efeito, nem tão-pouco estou em condições de asseverar o grau de certeza deste boato.

tipo iii_ posts da categoria "não nomeio os meus amigos porque eles sabem quem são": posts com referências privadas para apenas alguns receptores da mensagem a perceberem em todo o seu alcance. às pessoas, chamemos-lhes assim, produtoras de posts deste tipo, uma novidade: o mail, caralho.

tipo iv_ posts com imagens de bilhetes para concertos aos quais eu, por uma razão ou por outra que não importa aqui elencar mas que mormente se prendem com a falta de algarismos suficientes no saldo da conta bancária, não posso ir.


[ps: quando chegares à porta da aula magna manda mensagem.]

sábado, outubro 04, 2008

sexta-feira, outubro 03, 2008

da bola

sou só eu ou se o benfica não ganha aquilo o josé carlos soares* suicidava-se?

*era ele, não era?

quinta-feira, outubro 02, 2008

projecto do dia

descobrir um café em lisboa com benfica tv.

(caixa de comentários e correio electrónico abertos a informações e sugestões)

quarta-feira, outubro 01, 2008

deste lado da barricada (ou porque há coisas que não foram feitas para coexistir pacificamente)

nesquik ou cola-cao? nesquik.

yop ou yoggi? yoggi.

real madrid ou barcelona? real madrid.

xp ou vista? xp.

sagres ou superbock? sagres.

pepsi ou coca-cola? coca-cola.

cristiano ronaldo ou kaká? messi.

declaração de princípios

o charles bronson ainda é o topo da minha escala de mohs.

shot gunners

sim, vi o jogo do porto. sim, ri-me muito. quer dizer, aquilo não foi bem o porto. aquilo era uma mistura entre a defesa do benfica, o ataque do sporting e o guarda-redes da selecção nacional.


[já não via na televisão (fui às antas ver o real madrid jogar a passo e ganhar dois um aqui há uns anos) um jogo completo do porto em que o benfica não estivesse em campo desde a final que o meu mónaco perdeu injustamente. antes disso, só quando o equipamento do porto dizia revigrés, o jogo era comentado pelo gabriel alves, os árbitros eram os calheiros e o domingos sofria um penalty aos 94'.]

por motivos de higiene não escrevo a sigla.

parece que aquele bando de cabeças rapadas por fora e por dentro colocou outro outdoor numa avenida de lisboa. e parece que isso foi notícia. mas aí há dois anos andaram autocolantes espalhados por multibancos da amadora com o mesmo grafismo e mensagem do género. a população da amadora, que eu tenha dado conta, ignorou-os com elevada taxa de sucesso. já a comunicação social insiste em dar tempo de antena aos meninos xenófobos mimados.

coisas que me inquietam

que doença tinha o queijo curado?

pareceu-me

isso é uma fotocópia ou é só impressão?