o corpo humano masculino, regra geral, vem acompanhado de umas proeminências localizadas entre uma perna e outra, protegidas mecânica e termicamente por uma bolsa escrotal, cuja função é armazenar milhões de potenciais vidas a ser desperdiçadas em exercícios auto-recreativos. na maior parte dos casos servem ainda para atrapalhar a tentativa de execução da maioria das posições descritas e/ou ilustradas no kamasutra.
quarta-feira, novembro 29, 2006
estado maior das forças armadas*
o corpo humano masculino, regra geral, vem acompanhado de umas proeminências localizadas entre uma perna e outra, protegidas mecânica e termicamente por uma bolsa escrotal, cuja função é armazenar milhões de potenciais vidas a ser desperdiçadas em exercícios auto-recreativos. na maior parte dos casos servem ainda para atrapalhar a tentativa de execução da maioria das posições descritas e/ou ilustradas no kamasutra.
15 polegadas
literatura, meus amigos, literatura
[algures aqui]
terça-feira, novembro 28, 2006
jackpot
necrofilia
segunda-feira, novembro 27, 2006
dia de s. receber
lei de murphy
cruzar-me com aquele man dos dzrt e com o ff* trinta segundos depois.
* a acreditar nos guinchos de "efiéfe, efiéfe" da criançada que o rodeava.
quinta-feira, novembro 23, 2006
há muito tempo que não me apetecia tanto bater em alguém
"o meu chefe mandou-me para um projecto nas galápagos mas eu não aceitei. já vi um documentário e aquilo é só tartarugas, tartarugas, tartarugas... ai, uma pasmaceira."
ainda pensei em perguntar se não achava estranho o darwin ter passado tanto tempo naquela pasmaceira a ver só tartarugas, tartarugas, tartarugas e ter escrito aquele livrito dele - ai, como é que se chama? ah! - "a origem das tartarugas" mas achei que ela não ia perceber por isso suspirei e limitei-me a pensar que se deus existisse não permitia isto.
terça-feira, novembro 21, 2006
mas se for preciso aconselho uns quantos sites catitas
casais a fuder em directo.
a derradeira prova da incompetência* da instituição militar
* ineficácia, inutilidade, o que quiserem.
domingo, novembro 19, 2006
todos diferentes, todos iguais
na verdade nada tem a ver com racismo.
o fascínio pelos clássicos
thought and language are to the artist instrument of an art.
(oscar wilde, in the picture of dorian gray)
sou uma pita chorona.
(floribella, este fim de semana na sic)
pequeno ensaio sobre o inverno
não gosto de vento. o vento despenteia-nos a alma, desconsola-nos o sorriso, desequilibra-nos os passos e entorta-nos o caminho.
tolero o frio. sorrio-lhe até se ele quiser. o frio lembra-nos que é preciso sobreviver. que temos que nos juntar para aquecer. aproxima-nos. mas o vento separa-nos. o vento traz-nos o ruído desconcertante do céu a bradar.
já a chuva não. a chuva tem ritmo. a chuva traz-nos a música das nuvens direitinha pela janela adentro. a chuva torna o silêncio da noite menos solitário.
mas a grande vantagem de estar de chuva é que os dias se tornam deprimentes.
quinta-feira, novembro 16, 2006
about mercy
what's your last wish, james*?
i wish not to die, sir. i wish not to die.
*gosto de pensar que um condenado à morte se deve chamar james.
quarta-feira, novembro 15, 2006
ninguém é perfeito
o pobre desconfia
acabo de comprar água pois é 1,5 litros, a 11 cêntimos no continente.
para a eventualidade de envenenamento, se morrer digam à minha mãe que quero ir à benfica.
terça-feira, novembro 14, 2006
beck is back
"nausea, oh nausea, and we're gone"
o meu vício musical do momento.
som no máximo, meus caros, som no máximo.
deleitai-vos.
tudo tem um preço
se fosse verdade que sonhar não custa nada, as consultas no psicanalista eram à borla.
segunda-feira, novembro 13, 2006
a semi-surpresa do fim de semana
esta fraca figura de gente
toca que é uma coisinha parva. até aborrece.
não está a par é daquela invenção recente chamada pente.
estranhamente nunca tinha ouvido esta
ouvido algures (não me lembro onde)
- ó boneca, agarra aqui o peluche!
para quebrar o gelo #2
até um bicho raivoso tem momentos de carinho em que chega a ser fofo.
domingo, novembro 12, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
por muito que treinasse
tanto no sexo como no futebol era um falhado.
tinha a destreza do luisão, a sensibilidade do petit, a velocidade de execução do beto e a pontaria do nuno gomes.
quarta-feira, novembro 08, 2006
desilusão às 8 da noite
terça-feira, novembro 07, 2006
porque há dias fodidos
em que tudo corre mal. em que os deuses mostram claramente que não acreditam em nós.
e é num dia como o de hoje que faz todo o sentido o que o antónio oliveira disse off (?) the record:
"se eu soubesse que ia morrer amanhã, pegava numa caçadeira e fodia aí uns quantos filhos da puta!"
pronto. já estou mais calmo.
segunda-feira, novembro 06, 2006
diários de um camionista #2
(evidência a deslizar para o brejeiro)
perigos vários na A2.
para permitir uma melhor entrada:
obras de alargamento no troço da coina.
até parecia um gajo porreiro
ironias de um coração sem-abrigo
post-it onanista
domingo, novembro 05, 2006
valsa de um homem carente *
justiça a tempo e horas
sábado, novembro 04, 2006
porque estamos em tempos de crise
"pay me or go to jail
pay me my money down"
[mr. bruce "the boss" springsteen live at conan "where is wally?" o'brien]
é o que dá fazer lisboa-beja a 80 derivado à chuva!
a mim que até sou a favor da maioria das democratizações (não confundir com democracias). acho piada até que um zé pegue no seu banjo algures entre uma favela do rio e a muralha da china e eu o consiga ouvir (ao banjo, não ao zé) enquanto me sento a escrever estas linhas em que os vossos olhos se cansam. o que começo a não suportar é a quantidade (normalmente na razão inversa da qualidade) de cd’s, dvd’s, ipods, mp3, downloads, e demais sucedâneos que vos pareçam adequados com que nos deparamos todos os dias.
[não obstante esta imensidão as rádios conseguem passar as mesmas quinze músicas da playlist durante meses seguidos, mas isso é outra discussão.]
onde é que eu ia? ah, a quantidade de bandas boas que aparecem num ano cabe na palma de uma mão. destas, as que têm um segundo álbum com décibeis qualitativamente no limite do aceitável são ainda menos. a quantidade de discos bons (com bê grande) durante um ano é a décima parte dos discos maus (com eme pequeno). para cada banda que surge e têm êxito (leia-se: vende discos comó caraças!) aparecem dezenas de réplicas ocas de talento, desejosas de se colar a uma fórmula de êxito puramente comercial e que pouco tem a ver com música. podia tratar-se de vender gravatas na feira da ladra que essas réplicas apareciam na mesma.
bandas com qualidade, cuja estética sonora preenche o mais amplo dos espaços etéreos, cuja leveza do som se alia à força das palavras para nos penetrar aquele bocado de terra interior que julgávamos ser só nosso, para nos transportar por inteiro ao mais belo dos sorrisos e emoções, bandas dessas há poucas. e a surgirem de novo quase nenhumas.
e é aqui que eu não gosto da democratização da música. dantes ouviam-se as boas bandas (excluir movimentos sociais disparatados dos quais a humanidade um dia se arrependerá). e conheciam-se todas pelo nome. mais o apelido dos dois guitarristas se os tivesse. e idades, e cidade, e discografia (que dantes, regra geral, ultrapassava em muito o actual álbum e meio de média), e autores da letra de cada faixa. e amava-se (com) aquela música.
hoje conheço a música de duzentas bandas das quais nunca soube o nome. aprecio, assim com gosto e tudo, cinquenta ou sessenta bandas cujo nome já soube mas não consigo recordar. e isto está a matar a música do passado. a memória atraiçoa-nos porque as bandas são muitas. e são mais. e são demais. por isso não gosto da democratização da música.
e isto tudo porquê, afinal? porque ainda há bocado me queria lembrar daqueles mans - bastante apaneleirados, por sinal - que cantavam o who can it be now? / who can it be... now? e não conseguia. e naquele momento, meu amigo, fui um homem triste. não por mim, que o google resolve tudo. mas pela música.
sexta-feira, novembro 03, 2006
duas gajas
"darling, i'm lesbian!"
"darling, we're all lesbians when the right man is not around"
[in Will&Grace]
quinta-feira, novembro 02, 2006
não sei.
- sabes?
- o quê?
- se ele veio?
- o quê?
- se sabes se ele veio?
- não.
- não sabes ou não veio?
- não sei.
- também nunca sabes nada!
- não sei o quê?
- se ele veio.
- tu também não!
- não o quê?
- não sabes.
- não sei o quê?
- se ele veio.
mudam-se os tempos
alguém disse que o outono é um travesti do inverno.
eu atrever-me-ia a dizer que já é transexual.
podiam ser tão felizes juntos
ela pediu-lhe um tempo.
ele respondeu-lhe: céu pouco nublado com vento fraco a moderado.
curto ensaio sobre fast-food
[parecendo que não, há aqui filosofia]
quarta-feira, novembro 01, 2006
só hoje consegui ver a cena do crime, pá!
plamordeus, pá!!!
deixem-se lá de merdas, pá!
o grego não quis nada lixar o brasuca, pá!
tinha um título muito giro pra isto mas escapou-se-me
de entre o que já aprendi, duas ou três coisitas a destacar:
1. o senhor engenheiro mostrou-me a luz e deu outro sentido à minha (até então) triste existência, quando nos revelou que o segredo da gestão é arranjar o qb de processos de modo a gerir as coisas.
2. em vez de actividades, ele diz átevidades
3. para cada passo de controlo efectua-se um ciclo pdca (plan-do-check-act), de modo a conferir a eficiência e garantir a qualidade do mesmo. à primeira vista isto parece fazer sentido, mas rapidamente se percebe que só resultará em países anglófonos.